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TRANSFORMAÇÃO DO BLOCO CARNAVALESCO CONSULADO DO SAMBA EM ESCOLA DE SAMBA: bastidores

Hoje vou comentar a respeito da transformação de Bloco Carnavalesco Consulado do Samba na Escola de Samba Consulado.  Um dos primeiros encontros que se discutiu tal assunto foi no Bar do Garcia, em 1985, que ficava embaixo do Clube Ipiranga, no Bairro Saco dos Limões. O Garcia, dono do bar que levava seu nome, era famoso pelo omelete de camarão. Naquela oportunidade eu estava em companhia do Luiz Alberto Emerick, Presidente do Bloco, e Luiz Eibs, diretor financeiro, e discutíamos o futuro do Consulado do Samba. Praticamente o Bloco havia conquistado todos os títulos e começava a existir uma certa desmotivação. O momento exigia mudanças. E mudar para Escola de Samba, mantendo-a no Saco dos Limões era o ideal. O Bairro transbordava cultura carnavalesca (Ipiranga, Limoense, Limoeiro, Batuqueiros do Limão).

E assim, Luiz Alberto e eu, decidimos nos reunir ainda em 1985 com lideranças locais do Saco dos Limões para buscar apoio na mudança de bloco para escola, adotando-se o Saco dos Limões como base para a escola. A reunião não saiu como planejado, pois as lideranças apoiariam nossa proposta de implantar a Escola de Samba na região, desde que mudássemos o nome do Consulado e suas cores. Num raro momento de felicidade, Luiz Alberto Emerick, que viria a se tornar o grande articulador da mudança do Bloco para Escola, afirmou que essa proposta era inaceitável, uma vez que os únicos patrimônios da entidade naquele momento eram seu nome e suas cores.

Evidentemente, não deu certo naquele instante, já que a Escola de Samba Consulado foi fundada no Clube Corinthians do Pantanal no dia 05 de maio de 1986 com mais de 300 participantes, entretanto não demorou muito para que o Consulado viesse não para o Saco dos Limões, mas para ali bem perto na Caeira.

Antes da fundação, a Diretoria do Bloco promoveu no ano de 1986, logo após a conquista do carnaval, um grande evento no Galpão Umbu da ELASE onde diversos componentes do Bloco foram homenageados, recebendo um troféu. Na oportunidade, Luiz Alberto Emerick que foi o último Presidente do Bloco e o primeiro Presidente da Escola, mandato transitório com um ano de duração, promoveu um plesbicito para ouvir a opinião dos adeptos da agremiação quanto à transformação de Bloco em Escola. Resultado como esperado foi amplamente favorável a transformação. Na semana da fundação da Escola, dia 02 de maio de 1986, o Jornalista Aldírio Limões, em sua coluna Clube do Samba no Jornal “O Estado”, página 18, noticiava matéria com o título: O Consulado do Samba já está nas ruas. Agora como escola. Aldírio Simões na matéria reforça o protagonismo do Bloco Carnavalesco Consulado do Samba quando afirmava: “Depois de conquistar 10 anos de absoluto sucesso como bloco e deixar a marca de uma evidente e efetiva participação na evolução do carnaval de Florianópolis.” Cabe destacar no título o nome de Consulado do Samba, mostrando a força do nome, mesmo após a mudança do Bloco para Escola

No próximo episódio, vou falar como Consulado, escola, conquistou seu primeiro título em 1991 com o enredo Apesar de Tudo, tornando-se o trampolim definitivo para o Consulado conquistar o seu espaço no carnaval de Florianópolis como grande escola de samba.

Meu nome é Antonio Rodrigues de Matos.

BLOCO CARNAVALESCO CONSULADO DO SAMBA: protagonismo no carnaval de Floripa

O Bloco Carnavalesco Consulado do Samba, fundado no final dos anos 76, que deu origem ao Grêmio Recreativo e Escola de Samba Consulado, em 05 de maio de 1986, no Clube Corinthians do Pantanal, marcou o carnaval de Florianópolis, principalmente, na década de 1980.

O Bloco exerceu significativo protagonismo no carnaval de nossa ilha naquela época, a ponto de que ainda hoje algumas pessoas da cidade referem-se à Escola de Samba como Consulado do Samba e não somente Consulado. O nome Consulado do Samba ficou enraizado de forma marcante em nossa comunidade.

Quando nos referimos ao Bloco Carnavalesco Consulado do Samba como protagonista do carnaval é porque profundas transformações aconteceram no nosso carnaval, tendo o Consulado do Samba como pano de fundo.

A começar pelos desfiles na Paula Fontes. Em muitos carnavais, o número de componentes do bloco era superior a qualquer escola. A partir mais especificamente de 1982, o Consulado do Samba transformou-se num Bloco de Enredo, com carros alegóricos, fantasias bem elaboradas, bateria impecável, harmonia.

Falando em harmonia no carnaval, podemos dividi-la em duas fases: antes e depois do Consulado do Samba. Antes do Consulado, não existia nas Escolas de Samba locais uma harmonia semelhante ao carnaval do Rio de Janeiro. As alas se misturavam, formando “cobrinhas” como era conhecido o desfile. Foi o Consulado do Samba que implantou a harmonia nos desfiles conforme até hoje acontece, nos moldes do Rio de Janeiro, não havendo interferências entre as alas, cada uma ocupando o seu espaço no desfile.

Os carros alegóricos, naquela época, não era o forte das escolas de samba já que havia as sociedades carnavalescas (Tenentes do Diabo, Granadeiros da Ilha, Limoeiro, Trevo de Ouro) que praticamente dominavam o cenário artístico de carros alegóricos, famosos carros de mutação. Em 1983, o Consulado do Samba investiu na ida do artista Carlos Alberto Schneider ao Rio de Janeiro, funcionário da ELETROSUL, para adquirir conhecimento de como se trabalhava com isopor. Nesse ano, Schneider com sua latinha de sardinha furada (com esse acessório os artistas plásticos moldavam as figuras desejadas no isopor) levou para avenida o enredo sobre a astrologia e representou os 12 signos do zodíaco em enormes imagens, feitas de isopor, distribuídas por três carros alegóricos.

Fora do desfile, o Consulado do Samba fez uma verdadeira revolução em termos de ensaios de bateria. Vários locais foram utilizados pelo Bloco, como a ELASE, o campo do Avai, onde hoje está instalado o Shopping Beiramar, porém o mais inesquecível espaço do samba na cidade foi na FAC – Federação Atlética Catarinense. Era um ginásio localizado ao lado do Instituto Estadual de Educação, na Avenida Hercílio Luz, onde hoje abriga o Complexo Esportivo Rozendo V. Lima.

Todas às sextas-feiras de janeiro e fevereiro, o Consulado do Samba alí ensaiava e a comunidade do samba afluía ao local como muito interesse. Era uma época de ouro, os ensaios começavam às 22h e iam até as 03h. Uma verdadeira festa carnavalesca. O sucesso do Bloco era tanto que a emissora de televisão da época ligada à rede Globo, RBS, decidiu alugar o ginásio nas proximidades do carnaval, aos sábados, cedendo para as escolas. O Consulado do Samba além de ter uma excelente bateria, tinha dois excelentes profissionais comandando os ensaios: o falecido Inácio que era o locutor oficial do ensaio, vitorioso mestre-sala dos Protegidos da Princesa e o extraordinário cantor de samba de enredo Maranhão, cria do Salgueiro que veio trabalhar em Florianópolis na ELETROSUL e tornou-se o principal intérprete do Consulado na Avenida.

Vale destacar a importância da ELASE na trajetória vitoriosa não só do Bloco Consulado do Samba e até da Escola, inclusive nos dias atuais. O Bloco por muito tempo usou as instalações da ELASE para guardar instrumentos, materiais, realizou ensaios carnavalescos, inclusive com escolha de samba-enredo, no Bar do Tênis, no Galpão Umbu. Confeccionou fantasias, alegorias e até carros alegóricos (num determinado ano o ginásio de esportes da ELASE foi interditado para confecção de carros alegóricos). A ELASE sempre foi um parceiro fiel do Consulado

E o que falar das festas de bateria do Bloco, realizadas na época de verão aos domingos no Bar do Chico na Praia da Joaquina. Só quem viveu aquele momento tem gravado na memória o que aquilo representou. Foi algo extraordinário.

Algo marcante no Bloco Consulado do Samba foi o apoio dado a Unidos da Coloninha no carnaval de 1984. Até aquele momento as grandes forças do carnaval eram Os Protegidos da Princesa e a Embaixada Copa Lord. A Unidos da Coloninha havia ficado quase 20 anos ausente do carnaval, retornando em 1983. Em 1984, seus dirigentes resolveram investir no carnaval e foram buscar no Consulado o carnavalesco Carlos Alberto Schneider.  Procuraram ainda o Bloco Consulado do Samba para celebrar uma parceria. Como não tínhamos vinculação com outras agremiações, decidimos apoiar a Coloninha.

Naquele 1984, aproximadamente 30 componentes da bateria, 30 componentes da harmonia e uns 200 componentes de alas do Bloco Consulado do Samba participaram do desfile da Coloninha. O que se viu foi que nesse ano a Coloninha desbancou Os Protegidos e a Copa Lord, tornando-se campeã do Carnaval das Escolas de Samba de Florianópolis. O apoio do Consulado do Samba foi decisivo para o sucesso da Escola.

Esse título alavancou mais quatro títulos em seguida para a Unidos, já sem o apoio explícito do Consulado do Samba da forma que havia ocorrido em 1984 uma vez que já havia rumores no ar que o Consulado do Samba muito em breve se transformaria em escola, como de fato isso aconteceu no início de 86.

No próximo episódio, vou falar um pouco dos bastidores que envolveram a transformação do Bloco Carnavalesco Consulado do Samba no Grêmio Recreativo e Escola de Samba Consulado.

Meu nome é Antonio Rodrigues de Matos.

Principais funções, no Consulado:

– Diretor administrativo do Bloco no período de 1981 a 1986;

– Vice-Presidente Executivo da Escola de Samba Consulado no primeiro tricampeonato de 91/93;

– Presidente do Conselho Deliberativo no segundo tricampeonato, nos anos 2000;

– Exerci na Escola, também, funções de Vice-Presidente de Carnaval e Financeiro. 

CONSULADO DO SAMBA

UM BLOCO MUITAS VEZES CAMPEÃO

No final dos anos 76 cariocas e gaúchos funcionários da ELETROSUL transferidos para FLORIANÓPOLIS, após mudança da sede da Empresa do Rio de Janeiro para essa Cidade, reuniam-se nos finais de semana com alguns instrumentos de percussão mantendo suas fortes ligações com o carnaval das Escolas de Samba do RJ.

Essa roda de Samba  acontecia  na residência de NIVALDO JOÃO DOS SANTOS onde com outros amigos surgiu a ideia da criação do BLOBO CARNAVALESCO  CONSULADO DO SAMBA.

O primeiro desfile do Bloco foi no carnaval de 1977

O BLOCO  CONSULADO DO SAMBA,  desfilou com um primeiro carro alegórico em 1981, tipo tripé. Era um grande dedo, sustentando um padeiro. A partir desse ano, todos os anos o BLOCO trazia carros alegóricos.

Em 1982, o enredo  foi Samba, Futebol e Cerveja. Era ano de copa do mundo que motivou o enredo.

Em 1986 o BLOCO  transformou-se em GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA CONSULADO.

Datas confirmadas com o amigo e um dos fundadores da Escola, ANTONIO MATOS.

Com a colaboração de LUIZ FALCÃO, um dos autores do Samba enredo, aqui segue registros do desfile do  Carnaval de 1982

CURTI AÍ!

EM 1991 JOÃOSINHO TRINTA VISITOU O GRES CONSULADO

MEU MESTRE JOÃO DANDO SEU AVAL PARA O PROJETO DE ARTE EDUCAÇÃO

DO GRES CONSULADO

EM 1991 JOÃOSINHO TRINTA visita a Quadra do GRES CONSULADO no Caeira do Saco dos Limõesi, agora já coberta, se emociona e nos motiva a manter o PROJETO CAEIRA após as demonstrações das crianças e jovens que em tão pouco tempo desenvolveram seus talentos com muita descontração e alegria.

Jovens que nunca tinham tocado um instrumento de percussão, meninas negras que puderam entender a importância da dança Afro, meninos e meninas todos unidos num só CORAÇÃO!

E nesse clima de muita alegria recebi uma dedicatória do JOÃO fortalecendo minha proposta de Arte-Educação.

O GRES CONSULADO se faz presente não só na comunidade mas também na mídia que só falava das Escolas de Samba no período de carnaval. E a cidade de Florianópolis também tem a oportunidade de rever conceitos sobre as Escolas de Samba como apenas um espaço de entretenimento carnavalesco para sua grandiosidade de representatividade das comunidades onde estão inseridas e sua importância sócio cultural!

VELEU JOÃO!

ENCANTANDO AS CRIANÇAS DO CAEIRA

DONA IRACI E GRAÇA CARNEIRO ABRAÇADAS PELO GÊNIO

TRAJETÓRIA DE SUCESSO DO PROJETO SOCIAL CAEIRA 21

O PROJETO SOCIAL CAEIRA, idealizado pela Arte Educadora GRAÇA CARNEIRO, foi uma iniciativa do GRES CONSULADO e até o ano 2000 contou com parcerias de colaboradores e voluntários. A partir do ano 2000 passou a ser mantido pela Grupo de Trabalho Comunitário Catarinense – GTCC, uma Organização Social sem fins econômicos  integrante do Terceiro Setor. Com essa Instituição reconhecida de Utilidade Pública o PROJETO CAEIRA passou  a ter personalidade Jurídica para buscar patrocínios através de Convênios, Leis de Incentivos, parcerias com a iniciativa privada e os Títulos de reconhecimento de um Projeto de Educação e Cidadania. Nesta ocasião acrescentamos o NÚMERO 21 em homenagem a mudança de século (XXI), fortalecendo a nova fase. Juntam-se a equipe de coordenação Renata Carneiro Afonso e  Fernanda Carneiro Afonso  dando uma nova dimensão para as ações e atividades artísticas.

Renana Afonso bailarina Clássica  agrega sua formação na Opera de Viena e em muitos Festivais Nacionais,  a proposta de ensinar uma atividade erudita numa Quadra de Escola de Samba . Ação inédita em Florianópolis tendo como motivação o Projeto “Dançando  para não Dançar” da Bailarina Thereza Agiuilar  (1995)   na Escola de Samba Mangueira do RJ.

Fernanda estudante de Mídias Eletrônicas e atuando nos diversos movimentos Culturais da cidade em Parceira com o Pontão Ganesha de Cultura Digital, cria uma nova identidade para o CAEIRA 21 mudando sua logo representada por uma PIPA objeto de diversão e distração da maioria das crianças e jovens da comunidade do CAEIRA. Com o lema de que uma pipa precisa de uma mão que a guie o CAEIRA 21 formatou suas oficinas e eventos valorizando a história local, as contribuições dos vários “sotaques “ desse imenso Brasil e a Cultura Popular.

O PROJETO CAEIRA 21 não foi um projeto administrado pela Prefeitura de Florianópolis. Foi uma  iniciativa do GRES CONSULADO em parceria com o GTCC – Grupo de Trabalho Comunitário Catarinense, os quais o mantiveram financeiramente com apoios  técnicos, parceiras, Editais e Convênios.

O GTCC uma  organização não governamental de pessoas da cidade que trabalharam voluntariamente na busca de convênios, apoios e doações para sustentação financeira de parte do Projeto em parceria com a Escola de Samba Consulado já conhecida de todos.

O PROJETO CAEIRA 21 contemplava OFICINAS  DE ARTES, MÚSICA, TEATRO, DANÇA, CAPOEIRA, DESENHO, PINTURA, INFORMÁTICA e CIDADANIA.

As atividades artísticas e esportivas faziam o  complemento da Educação formal numa  proposta de desenvolvimento e crescimento das crianças e jovens do Caeira do Saco dos Limôes.

Como a maioria das crianças e jovens  passavam maior parte do seu dia  na quadra, era oferecido  lanches e uniformes para facilitar a vida das famílias que não podiam atender diariamente seus filhos por estarem trabalhando o dia todo.

Com uma equipe  composta por merendeira, monitora, 3 coordenadoras, instrutores de capoeira, da bateria mirim, de hip hop,  mais 5 professores cedidos pela Secretaria de Educação do Município, 3 estagiários do SESI.

A ELASE, o SESC, o IVA, o CDI, a ALQUIMÍDIA e a AAPE foram  instituições que apoiaram o  trabalho fazendo doações ou oferecendo seus equipamentos e espaços.

GENTE QUE FEZ!

GENTE QUE FAZ!

CHEGUEI CHEGANDO!

Ao ser apresentada aos Diretores do GRES CONSULADO o maior interesse da conversa era minha trajetória como integrante do Salgueiro e minha amizade com JOÃOSINHO TRINTA. Rapidamente elencada ao meu trabalho como Arte Educadora minha experiência no trabalho com Projetos Sociais nas Escolas de Samba Beija Flor e Acadêmicos de Santa Cruz no RJ.

Assim iniciei minha proposta de um Projeto Social  no GRES CONSULADO que pretendia abraçar uma comunidade, o CAEIRA do Saco dos Limões, com ações Sócio Educativas.

Planejei e apresentei uma proposta de Arte-Educação baseada na ancestralidade musical do Samba com oficinas de dança Afro, Percussão, e interpretação artística.

Assim nasce o PROJETO CAEIRA!

Na quadra de esportes descoberta muitas foram as atividade de integração com a comunidade, motivando crianças e jovens para desenvolverem seus talentos e demonstrando ao pais, Associação do Bairro e Grupos Religiosos que uma Escola de Samba é um patrimônio cultural com muitas oportunidade de EDUCAR PARA A VIDA!

MEU PRIMEIRO DESFILE “POQUE HOJE É SÁBADO”

1990 –  3º Lugar.

Momentos gratificantes que vivi com os amigos, diretores, carnavalesco e compositores na pesquisa e no desfile.

O lugar de pesquisa e encontro era o UMBU um galpão dentro da ELASE ( clube dos funcionários da Eletrosul)

Pesquisar e escrever sobre o Rio de Janeiro e Vinícius de Moraes foi de um imenso prazer.

“Carioca da gema” eu sou,   com muita participação na vida musical do RJ, frequentando os Festivais de Canções e as rodas de cantorias na Praia do Leblon onde eu morava e na PUC faculdade que eu frequentava.

Tempos de muitas amizades e de valorização da Musica Popular Brasileira.

Encontrar amigos que também compartilhavam essas canções e seus autores foi de muito fortalecimento dos elos de integração com a Diretoria e componentes do GRES CONSULADO.

Acompanhar a confecção dos carros e das FANTASIAS de cada parte do enredo relembrando as canções de Vinicius de  Morais como “Garota de Ipanema” e as Canções da coletânea Arca de Noé, me  proporcionou muitas trocas de informações e de conhecimentos.

Foi muito alegre desfilar com a VERMELHO E BRANCO DO CAEIRA!

CONSULADO ME FAZ FELIZ!

Desenho do Carro Abre Alas representando a Arca de Noé

A IMPORTÂNCIA DAS VELHAS GUARDAS DAS ESCOLAS DE SAMBA

O samba tem várias funções socializadoras, unindo pessoas e agremiações em redes sociais, promovendo a convivência da diversidade, das diferenças, das rivalidades de forma criativa  e lúdica.

A VELHA GUARDA tem importância fundamental para as Escolas e para a preservação da cultura do samba. Seus integrantes têm a missão de transmitir a história das agremiações à nova geração, mantendo vivas as tradições do Carnaval, tornando-se PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL.

Além de serem guardiãs das origens e da história das agremiações, levam o Samba além de suas comunidades com os Grupos musicais em suas apresentações nacionais e internacionais.

“Os componentes das VELHA GUARDA, já foram mestres-salas, porta-bandeiras, ritmistas e passistas entre tantas outras participaçoes. Muitos conheceram o samba ainda criança e, desde então, não largaram o ritmo. A idade pode até ser avançada, mas o amor pelo samba e pela escola não deixam o corpo parado ao toque de um pandeiro, um surdo, uma cuíca ou um tamborim.”

Os integrantes das Velhas Guardas representam a história viva da escola. Para o historiador Vinícius Natal, que pesquisa a memória das escolas de samba no Rio de Janeiro, a Velha Guarda está ligada ao respeito que as sociedades africanas possuem aos anciãos.

“O Samba é feito de histórias e é preciso conta-las!”

SALVE A VELHA GUARDA!

MUITO RESPEITO A DONA IRACI GOULART GUARDIÃ DA HISTÓRIA DO GRES CONSULADO

2021 – O ANO QUE NÃO TEVE CARNAVAL!

Muitos amigos sabem da minha trajetória de ArteEducadora nas quadras das Escolas de Samba do  Salgueiro, Acadêmicos de Santa Cruz, Beija Flor no RJ e no GRES CONSULADO em Floripa.

32 anos de Carnaval na Ilha de Santa Catarina!

Neste ano a celebração foi distante! EM CASA!

Não há motivos para comemoração em plena pandemia, com perdas definitivas de tantas vidas amigas, conhecidas, gente do mundo.

Mas celebrar é preciso!

Recordar momentos de tantas alegrias e descontração de uma  grandiosa confraternização, a mais vibrante aglomeração, Patrimônio Cultural do Brasil, o CARNAVAL.

Que possamos em breve comemorarmos com alegria o reencontro!