Carnavalesco RAPHAEL SOARES
5º LUGAR do Grupo Especial
Interprete LUIZINHO ANDANÇAS
FOTOS EDUARDO TRAUER

FOTO EDUARDO TRAUER
DANÇA
Na vida, tudo é movimento! O movimento da dança é pé no chão da pré-história à globalização.
Com as bênçãos de Shiva, o Deus da dança, e através do lúdico, a Passarela
do Samba Nego Quirido será o palco para o grande espetáculo de dança, na
maior manifestação popular brasileira, que é o carnaval.
Os sambistas e foliões das arquibancadas, camarotes, mesas e frisas, são os
convidados a interagir junto à nação Consulado com qualquer tipo de
movimento ritmado ao som da bateria, para celebrar a Dança.
A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do
teatro e da música. É celebrada, internacionalmente, através de festivais e
amostras.
A dança é a arte de mexer o corpo em uma cadência de movimentos e ritmos,
criando uma harmonia própria. Não é somente através do som de uma música
que se pode dançar, pois os movimentos podem acontecer independentes do
som.
O movimento dançado foi a primeira manifestação emotiva, ainda que
desordenada, pois a única organização existente era imposta pela própria
estrutura do corpo, com a particularidade de uma apaixonada atração pelo
ritmo.
A dança surgiu na pré-história quando homens batiam os pés no chão. Aos
poucos foram dando mais intensidade aos sons e descobriram que podiam
fazer outros ritmos, conjugados aos passos, com as mãos, através de palmas.
Os rituais religiosos, surgidos há dois mil anos antes de Cristo, foram as
primeiras expressões da Dança. Mais tarde, estas deixaram de ser o foco
principal, surgindo outras expressões que vieram também ocupar espaço de
destaque na Grécia, nas comemorações dos jogos olímpicos. O Japão
preservou o caráter religioso das danças, e elas são usadas até hoje nas
cerimônias dos templos primitivos.
Em Roma, as danças se voltaram para formas sensuais, em homenagem ao
Deus Dionísio Baco, onde se dançava em festas e bacanais.
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Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral,
que estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse
propósito. Praticamente foi daí que surgiram o sapateado e o balé,
apresentados como espetáculo teatral.
No século XVI, surgiram os primeiros registros das danças, vinculados a uma
característica própria de cada localidade. No século XIX, aparecem as danças
em pares como a valsa, a polca, o tango, dentre outras. Estas, a princípio, não
foram aceitas pelos mais conservadores, até que no século XX surgiu o rock in’
roll, que revolucionou o estilo musical, e consequentemente, os ritmos das
danças.
Assim como a mistura dos povos foi acontecendo, os aspectos culturais foram
se difundindo. O maracatu, o samba e a rumba são provas disso, pois são
danças originadas de culturas africanas, indígenas e européias.
Hoje em dia, as danças se voltaram muito para o lado da sensualidade, sendo
mais divulgadas e aceitas por todo mundo. Nos países do oriente médio, a
dança do ventre é muito difundida. No Brasil, o funk e o samba são as que
mais se destacam. Além dessas, o strip-tease tem tido grande repercussão,
principalmente se unido à dança inglesa, pole dance, mais conhecida como a
dança do cano.
Ainda no Brasil, destacam-se as danças de salão, as populares, as de rua em
guetos e nas periferias. O folclore de norte a sul tem suas danças e bailados
próprios, como a brincadeira do boi, um bailado popular, e conforme as regiões
possuem características e nomes distintos.
No sul do Brasil, a dança ganhou mais espaço e referência mundial com o
Festival de Joinville. Um festival que ocorre anualmente no mês de julho na
cidade de Joinville, Santa Catarina com duração de 11 dias. Foi criado em
1983 e atualmente é considerado, pelo Livro Guinness dos Recordes, como o
maior evento do gênero do mundo em número de participantes.
A emoção da dança tem as cores Vermelho e Branco do G.R.E.S. Consulado.
E neste carnaval tiramos você para dançar e o convidamos para embarcar
nesta viagem lúdica.